13 de jul. de 2012

Is this the End? Parte II

Huum, um texto que fala do fim dividido em 2 partes? Está parecendo final de alguma saga de bruxos ou vampiros. eheheh

Bom, essa é a parte II, leia primeiro a parte I que está logo abaixo deste post ;)

Voltando...

Trabalhar 06 anos em uma empresa é um casamento realmente! Vc convive mais com seus colegas de trabalho do que sua família. Almoça junto, faz planos, concretiza tarefas, comete erros, faz amizades e convive com desafetos. Só que ao invés de procurar amor e sexo, como se faz no casamento (ou deveria, em um mundo ideal) vc está atrás de reconhecimento e dinheiro.

É tudo uma questão de relacionamento, como vc lida com as pessoas e com a sua carreira. Por mais racional que vc seja, sempre há emoções envolvidas. Por mais profissional que seja a sua postura, em algum momento a empatia que causa no outro vai te ajudar, ou não.

Nesta última empresa que trabalhei sou realmente muito grata por tudo que aprendi, pelas oportunidades que me deram e pelos desafios que superei. E sei que eu trouxe uma bagagem diferente do core business da empresa, até uma linguagem que estranha a das pessoas que estavam lá. E por um bom tempo foi isso que deu a liga.

Acho que é igual a um namoro, quando os opostos se atraem, mas depois, aquela qualidade tão diferente em um, que era admirada pelo outro, acaba se tornando um problema no futuro.
De repente não me via mais integrada, havia sido por tanto tempo um elemento transformador, que tinha chegado ao limite.

E logicamente eu demorei para enxergar isso. Fui me desmotivando lentamente, me afastando dos assuntos cotidianos. Fui perdendo o T, fui deixando de acreditar nas mudanças.

Quando um estalo, uma somatória de fatores me deram um tapa na cara e me disseram: "o que vc está fazendo? Pq não se arrisca, pq não volta a acreditar no que sempre desejou? A vida é curta."

Foi então que no dia 26/06, depois de uma reunião, eu disse que não estava mais de acordo e que não queria mais fazer parte daqueles projetos. Foi um ímpeto, um desabafo. E eu nem tinha outro emprego em mente. Pq até então, não tinha nem vontade de procurar outra coisa enquanto estava nesse meu antigo.

De todos os lugares que trabalhei, foi nesse em que mais coloquei a minha paixão. E na falta dela, decidir ir embora. Nos outros sempre trabalhei pensando: algo melhor vai aparecer. Neste eu pensava: dias melhores virão aqui.

Olhado agora de fora, tudo me soa meio sinistro, pq trabalhar com paixão sempre foi o que eu mais desejei. E veja só. Tendo a pensar que não deu certo, que não cumpri minha missão. Mas espera ai? Quem disse que não? Quem disse que foi uma falha?

O ciclo simplesmente acabou. Bora para outro!

É, eu não me arrependo. Na verdade, sinto saudades de algumas coisas que perdi (como sempre). Se tivesse que viver tudo de novo, mudaria uma atitude ou outra, mas manteria grande parte.

Bom, vou continuar procurando algo que façam meus olhos brilhar, algo que eu possa me dedicar, acreditar e contribuir. Será que eu estou pedindo muito, será que estou sendo muito purista? Não sei, minhas próximas experiências vão me dizer.

Um brinde a coragem (mesmo que em alguns momentos eu tenha medo)! Um dos sentimentos mais nobres, que para mim, só perde para o Amor.

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Beijos e Bytes









12 de jul. de 2012

Is this the End? - Parte I

É pois é, sou péssima em términos de ciclos. Tento achar que é normal, mas nunca me acostumo.

Parece que foi ontem que minha turma de colegial se despedia aos prantos prometendo que seríamos amigos para sempre.

Acho que esse foi o 1º ciclo representativo que se encerrou na minha vida.
Depois deste, vieram vários: alguns curtos, outros mais longos e dolorosos. Alguns foram encerrados, alguns eu que precisei tomar atitude.

Nunca soube o timing, acho que sempre demorei muito para decidir qualquer coisa. Sempre me fazendo milhares de perguntas: isso é o certo, é o melhor, estou sendo precipitada?

Tudo na vida são ciclos, desde a vivência em um local, até as pessoas que te cercam e que viveram com vc. Mas tudo isso acaba um dia.  As pessoas vão embora, a gente muda de casa, de cidade, de emprego. É bom, dar espaço para as coisas novas. É nada, quem eu quero enganar? Tem uns que deixam um vazio danado.

Estou passando por um desses desde 26/06. Demorei para escrever pq precisava organizar os pensamentos e tentar ser coerente.

Fui eu quem tomei a iniciativa, alguns meses atrás me colocando em uma situação de xeque. Sabia que a qualquer momento a situação se definiria, mas tive que fazer algumas escolhas ou permaneceria na cômoda situação do sofrimento conhecido. Melhor do que a felicidade incerta, não?
Mas há que se ter coragem e se abrir para o novo, para a surpresa.

E a gente passa por várias fases: desde o alívio de quando acaba e vc pensa em todas as coisas chatas que não terá mais que fazer/passar. E então vc passa uns 2, 3 dias se sentindo livre, leve e solta.
Mas ai, seu cérebro lhe prega uma peça. Ele começa a te lembrar de todas as coisas boas que vc viveu tb. E vc entra em depressão. Ouve músicas romanticas melosas, se lembra a toda hora da vida que tinha e volta a pensar neuroticamente se fez a escolha certa. E então, o mais tenebroso pensamento te assalta: jamais serei feliz novamente...

E então, depois de muito mimimi, seus amigos e família, enfim as pessoas que realmente te amam, te colocam para cima e vc volta a acreditar em alguma coisa.

O que descrevi aqui parece o fim de um relacionamento? Na verdade é o fim de um casamento de 6 anos.

Fim da 1ª parte. Continue lendo amiguinho...

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Beijos e Bytes