11 de set. de 2014

Uma dama não comenta sua idade...

3.9! Uau! Parece que foi ontem que eu achava todo mundo tiozinho ou tiazinha.

Se bem que eu ainda acho isso, ahahha.

A idade está no cabeça, não? Continuo programando-a para ficar com 20 e poucos e um senso de estética adequado a minha idade cronológica.

Nem nos meus sonhos mais otimistas pensei em chegar aqui desse jeito. Depois de uma fase meio esquisita e sem rumo, minha vida inesperadamente começou a se ajeitar de uma forma que não consigo/nem quero questionar de tão coesa.

Maktub! Quase 4 décadas para descobrir minha missão nesse planetinha. Mas, enfim ela veio. Bom já estava lá, eu é que não estava conseguindo conectar as coisas. Paciência, tudo que vivi, virou bagagem. Daquelas boas de carregar. Que vão servir para algo.

Não que o caminho seja fácil. A diferença é que agora ele faz sentido. E foi tão especial pq as descobertas ocorreram perto do meu aniversário.

Com o encerramento do curso de coaching descobri que é essa carreira que devo seguir. De coração. E tudo aquilo que me incomodava, se desfez, como um passe de mágica.

E eu adoro o dia do meu aniversário. Teve até bolo surpresa no escritório, almoço com o maridão e várias msgs de carinho o dia todo. No final, um bolinho com meus pais. Se for contar, comi 4 bolos diferentes hj. Uma verdadeira suruba gastronômica.

Essa semana tem sido incrível que vale a pena registrar a super lua que tem iluminado a noite como um sol. Só falta a água voltar a cair. A gente está precisando bastante por aqui.

De tão feliz, meu texto fica meloso demais, é eu sei. Ok, escrever com raiva sempre me torna mais debochada e engraçada, mas o jeito desbocado vai ficar para depois.

Hoje, sou só gratidão e felicidade.

5 de jun. de 2014

A prática na prática

Praticar Yoga me trouxe uma inquietude. Estranho, não?  Bom, na verdade não.

Há uma boa diferença entre estar anestesiado e estar sereno. O anestesiado desistiu, qualquer coisa serve. Já o aquietamento é consequência de uma série de transformações, é quando se entende o que realmente importa, quando você consegue reduzir sua vida ao básico (de sentimentos), ao essencial.

E não é uma receita de médico, tipo: pratique yoga 3 vezes por semana e fique calminho. Isso não existe. Isso é um esteriótipo bobo de tentar transformar algo em um produto, no melhor estilo compre X e ganhe o benefício.

Serenidade também não tem a ver com apatia. Está mais para uma segurança interna, uma voz que te diz para continuar, para batalhar, uma certeza interior (ou divina) que te deixa em paz com suas decisões.

Voltando ao básico dos sentimentos, é lógico que gosto dos pequenos prazeres, da sensação de jantar em lugares bacanas, de presentes bonitos, de ter conforto, uma carreira elogiada e de ter meu ego massageado. Mas tenho me perguntado se o segredo para a felicidade não é descomplicar todas as sensações que envolvem essas vivências. E até conviver com o sofrimento. Ele existe, não dá para evitá-lo. Ou até dá, tomando um tarja preta qualquer, de novo, compre o produto e ganhe o benefício. Não é isso que quero para mim.

Voei de balão na Páscoa e minha cabeça estava tão cheia de preocupações (com relação ao trabalho e outras bobeiras) que não aproveitei tanto o passeio. De que adianta uma experiência dessa, se eu não consegui reduzir meu pensamento ao básico das sensações: vista bonita, ar puro, emoção de voar?

A prática me fez ver que preciso destruir meus conceitos para depois construir, uma coisa Shiva de ser. E isso pode ser bem doloroso a maior parte das vezes.

"Mas vc ainda está em transformação, quase chegando aos 40?"

É, estou sim. E acho que quem tem certeza de tudo, que sabe tudo, que já aprendeu tudo, está a um passo de virar um zumbi. Não quero ser assim. Quero não saber um monte de coisas, aprender outras tantas.

Percebi que a minha visão de mundo estava errada. Até a imagem que eu faço de mim precisa mudar. O que devo buscar? Para onde ir?

Assisti esse relato fantástico e me identifiquei bastante. Quem diria, um menino de 13 anos com tanta lucidez!

Eu sempre soube o que queria ser quando crescesse, queria ser feliz, igual ao garoto.
E como fazer isso? Essa é outra história. Tive algumas vagas noções, persegui essas premissas e o resultado não foi o esperado.

Que coisa tão difícil essa de definir a felicidade! Se a resposta está dentro de mim, pq não a encontro?

Porque está soterrada de camadas e camadas de cobranças, de conceitos idealizados, expectativas, modelos..... todo um manual de como ser uma mulher perfeita, realizada, cheia de sucesso, jovem para sempre, que tem uma performance de atleta 24 horas por dia. Praticamente uma semideusa. Ideais que eu mesma me propus. Sem contar todos os medos, de fracassar, de errar, de se arrepender, de ser mal interpretada, de não ser querida, ou respeitada...

Ok a vida não é perfeita, cheia de fatalidades, maldade, doença, gente querendo puxar o teu tapete. Você não precisa fazer isso consigo mesma, né?

Para resumir, vejo que preciso corrigir as respostas para as 2 principais perguntas: quando e como.

Não é quando eu conseguir algo vou ser feliz. É ser feliz agora neste momento em que escrevo, por exemplo. É atingir um estado de serenidade em que nada te incomoda, sem euforia, sem tristeza. Essas duas, são sensações passageiras. Extremos da mesma moeda. Devo buscar a continuidade, a permanência, um estado de santosha, de contentamento. Acho que começo a entender "dos esquemas" ahahah.

E a segunda pergunta, como? Uma reprogramação da mente daria conta do recado. Apagar todos pre sets e começar a incluir novos. Como? No meu caso:  paciência (que preciso desenvolver) e Yoga.

Se vai funcionar para você, meu caro leitor? Não posso te dizer. Se a experiência será a mesma? Com certeza não. Quando tinha 20 anos jamais faria Yoga, só se fosse power. "É muito parada, não tem nada a ver comigo". Talvez não tivesse mesmo. Não naquele momento.

Até a noção de acertar x errar está se desconstruindo para mim. Se me perguntarem sobre as minhas certezas, digo que nem sei. Nesse momento, tudo é relativo, é transformação e tudo ainda é muito desconfortável.

Aliás, eu só tenho uma certeza, o amor é o mais poderoso dos sentimentos. É nele que me apoio nessa caminhada. (Fico por aqui, esse é tema para outro post.)

3 de abr. de 2014

O Teatro

O teatro das relações sociais me aborrece.

A dança das palavras carregadas de segundas intenções, os salamaleques dos gestos, o vai e vem das promessas vazias, todos esses truques, tiques e traquitanas sociais me despertam nada além de tédio.

Ah! Quanto tempo perdido pensando em mentiras, inventando histórias, realidades paralelas, perpendiculares, difusas.

O drama disfarçado de comédia. A inveja travestida de elogio. O sorriso que antecede o golpe. Quanta energia desperdiçada.

Sinto um desgosto profundo pelas caras monótonas daqueles que se enquadram nos papéis, se resignam aos seus clichês, repetem os mesmos conceitos feito uma reza decorada sem sentido.

Prefiro a fúria da verdade, da transparência, da objetividade. Sem meias palavras, meia intenção, meia vida, seguindo um roteiro que já foi escrito, reeditado e mastigado.

Mais vale um franzir de olhos sinceros a um sorriso morno de complacência ensaiada.

O teatro das relações sociais não merece meu aplauso, audiência ou minha paciência.




7 de mar. de 2014

Era uma casa muito engraçada

Nesse apartamento muito estranho,
Só tem as 4 bocas do fogão.
Não tem forno, nem microondas.
E fritura não!

Na geladeira não podem faltar:
Frutas, manteiga e queijo ralado.
Ah sim, cubos de gelo
Para drinks inesperados.

TV por assinatura e TV no quarto,
Nem pensar!
Uma máquina de lavar roupas
É um item a se considerar.

Peças feitas a mão
Convivem com móveis pre fabricados.
E no natal um dragão
Encara um papai noel todo iluminado.

Duas sacadas com plantas não planejadas
E uma árvore cheia de pássaros como vizinha.
Muita música para preencher os cantos
E organização para essa moradia pequenina.

Porém nem tudo vai bem.
Falta uma porta em um armário adaptado.
Fazendo frio ou calor
Um novo chuveiro dá conta do recado.

Muito estranho viver assim!
Como seus donos o fazem?
A receita é clara para mim
Respeito, amor e sonhos que ambos trazem.


28 de fev. de 2014

O templo de cada um

Quando vc entende que seu corpo é um templo, acaba preservando-o como o tal. Não que só o seu seja assim, afinal todos deveriam ser sagrados, mas ele se torna o seu templo, a sua morada real, mesmo que passageira nessa vida.

E pensando assim, vc se posiciona para evitar o que te faz mal. Vc tenta se preservar e respeitar mais. Se for agressão por parte dos outros é mais difícil de conter. Mas vc passa a enxergar e tentar evitar os pequenos atos depredatórios praticados contra nós mesmos: excesso de trabalho, de cobranças, de pensamentos e pessoas negativas, a falta de cuidado com a alimentação...

Preocupar-se com o corpo acaba refletindo em sua alma, já que ele é uma expressão do seu interior. Mas esse pensamento deve ser norteado pelo limite de cada um, pela aceitação do diferente. Cada templo é único, tem seus arcos, suas torres, janelas e até pequenas rachaduras e imperfeições.

Reformá-lo para entrar em um padrão é perda de tempo, é mascarar o exterior sem arrumar o conteúdo interno. Pq padronizar o que já nasceu único?  Também adianta pouco trabalhar somente a parte interna, enquanto o externo cai aos pedaços, exposto aos intemperes.

A transformação deve ser em conjunto: interno e externo. Um puxa o outro, seja para o bem e para o mal.
Como fazer isso? Cada qual deve encontrar a forma. Não é receita de bolo.

Mesmo que os templos sejam abertos à visitação pública, algumas áreas permanecem restritas, com acesso garantido somente àqueles que merecem. E veja que as permissões não são eternas. Alguns perdem o privilégio com o tempo.

E quando finalmente vc entender que dentro desse templo habita um Deus, o seu Deus e não um modelo preconcebido que te disseram para acreditar, ai sim, o processo estará completo.

Eu? Estou em construção, com certeza. Recolocando, realocando e repensando os tijolos, as paredes e porque não, as janelas.








5 de fev. de 2014

Menos Terminator e mais Mad Max

Nosso planetinha azul já foi devastado de todas as formas naturais, nucleares, atacado por aliens, dominado por robôs e até por super vírus que tornam as pessoas zumbis. Sim, as previsões futuristas não são muito animadoras, pelo menos através das telonas de cinema.

Mesmo que até agora nenhuma delas tenha se concretizado, é possível enxergar traços de caos aqui e ali.
Excluindo os ataques mais bizarros que envolvem eventos extraterrestres, as causas naturais e as tramas de cientistas malucos, vamos ao que me parece mais próximo.

Vivendo um dos verões mais quentes de que se tem registro, com ameça de falta de água e luz, não é difícil pensar logo em um cenário desértico de desolação. Ajudada pelo atual descontrole e surtos de violência da população, começo a achar que o nosso futuro apocalíptico, pelo menos o do Brasil, está mais para Mad Max do que Terminator (Exterminador do Futuro).

Se aqui na Terra Brasilis qualquer sinal de tecnologia avançada é frustrada pela cobertura de internet tosca e pelos equipamentos tacanhos, sinto dificuldades em imaginar que a Skynet conseguiria organizar um ataque coordenado de máquinas, quando elas mesmas já nos sabotam por não funcionar. Vc consegue visualizar catracas de estacionamento e caixas eletrônicos se rebelando? Ficaria feliz se elas funcionassem, pelo menos.

Mas deixando para lá a visão poética de que os robôs teriam qualquer interesse em nos dominar (talvez isso possa ocorrer em um país menos primitivo como Japão), a violência é o que mais me assusta. Hj, caminhando em meu bairro, entre donos de cachorros levando seus bichinhos para fazer coco nas calçadas (isso é que é evolução, hein?) me deparei com uma cena no mínimo Tarantiniana: um grupo de meninos entre 12 e 15 anos cercava um carro forte e o hostilizava. Enquanto isso, frentistas do posto acompanham a tudo receosos.

O mais novo, faz o tradicional gesto do dedo do meio para o motorista enquanto os outros cercam o carro com aquele ar de superioridade e afrontamento de quem não tem o menor medo de sofrer qualquer consequência que seja. É como se eles fizessem suas próprias leis e só temessem o traficante líder de sua quadrilha. E nem armados eles estavam. Tamanha a ousadia, é como se nem precisassem de nada, só sua presença já era uma ameaça.

Correndo o risco de despertar toda a ira dos politicamente corretos, dos pseudo protetores dos direitos humanos, eu afirmo: aqueles meninos me pareciam bandidos. Pelo porte, pela atitude. É sim, estou julgando-os pelo que vi. Não fui lá entrevistá-los e tão pouco fiquei esperando que eles ateassem fogo no posto, no carro forte e explodissem o quarteirão. Eu tratei de ir embora. Olhando atônita para o total colapso da convivência civilizada.

Essa reflexão não é para indicar culpados, criticar o governo, a falta de educação, a condição de pobreza, o preconceito e o velho bla, bla de sempre.

Vejo que estamos construindo um futuro nada glorioso, que estamos involuindo, chegando ao básico do que compõe cada ser, o espírito de sobrevivência. Onde cada um segue suas próprias regras, não há polícia ou bandido. Formam-se grupos amorfos de pessoas que tomam decisões baseadas em instinto, em suas próprias prioridades e gosto. Uma simples discussão de transito e o fulano toma um tiro. Cruzar com uma gangue diferente da sua e já é um convite para matar alguém na porrada. Seu time perdeu? Lá se vão os torcedores destruírem tudo. Sério que isso tudo é normal?

Sem valores, sem regras, sem bem e bem mal. O completo colapso do que chamamos viver em sociedade. Só a baderna. Se não era apenas pelos 0,20 centavos agora não é por nada. É pelo simples ato. É para protestar pelo que mesmo?

Vc pode até optar por tentar viver sua vida prosaica, fingindo que nada disso te afeta, se anestesiando na trinca mágica: novela, futebol e carnaval. Mas me arrisco a dizer que caminhamos para o universo do policial Max, sem qualquer sinal de justiça ou happy ending.

7 de jan. de 2014

Da besta fera a segundona melancólica

[Eu acho q escrevo melhor qdo estou triste ou brava. Esse texto é de julho/13, qdo estava sem emprego fixo. E algumas das perguntas já não são dúvidas, outras continuam]

Para mim, pior do que a besta fera* (a sexta feira em que as coisas estão fadadas a darem errado) são as segundas melancólicas, alimentadas pelos dias cinza e chuvosos de inverno.

Diferente da sexta, que guarda em si toda a expectiva de um fim de semana de diversão e pseudo hedonismo, a segunda é uma sentença: hora de sair do País das Maravilhas e encarar a realidade.

Impossível fugir dos meus balanços, da constante vigília que me imponho de analisar se estou certa ou errada o tempo todo.

Penso nos pequenos desejos materiais não adquiridos e nos grandes abstratos não concluídos. Na escolha que fiz em direção a melhor qualidade de vida, no sentido de exercitar o desapego, de sofrer menos o estresse, mas em contra partida ter menos dinheiro e uma situação meio instável.

E o conflito é grande, quando todos ao seu redor, só pregam que vc tem obrigação de ser bem sucedida, de ser linda, perfeita, ter tal padrão de vida, viajar bastante, comendo e bebendo loucamente. Vc tem q ir em todas as festas, ter 1 milhão de amigos, estar super informada sobre tudo o que acontece, ser politicamente correta... Nossa, quantas obrigações! Quantas receitas para a felicidade pasteurizada e homogênea.

E se eu quiser ficar em casa lendo um livro? Looser!
E seu for ao parque perto da minha casa ver o por do sol? Loooser!
E se eu ficar em casa e fizer uma comidinha simples e gostosa, tipo arroz, lentilhas e batata? Loooooser!!!

Olho para tudo isso e penso o que mesmo me faria feliz? Como me despir das cobranças alheias e fazer o que eu acredito? E como continuar acreditando em algo que parece ser tão contrário a tudo?

É sempre difícil estar na contramão. Admiro as pessoas que o conseguem, que seguem firmes em suas causas quase que solitárias, de não comer carne ou defender o parto humanizado.

Talvez seja muita ingenuidade minha achar que evoluí tanto que não preciso de dinheiro. Talvez seja auto sabotagem eu querer abafar o meu desejo de ter uma carreira de capa de revista. Eu bem sei que minha vida profissional ocupa um dos 3 pilares da minha vida. Será mesmo que se eu ficasse em casa fazendo artesanato me sentiria realizada?

E essa moda agora que diz a gente vai ser feliz no trabalho se escolher algo que amamos. Então eu tenho mais um belíssimo problema, pois tudo que eu amo não pode ser considerado uma profissão ou muito menos um emprego que me renda uma vida decente.

O ideal de transformar trabalho em lazer me parece tão inatingível como alcancar a imortalidade.

Mas logo vc encontra algumas pessoas que dizem exatamente o contrario: "amo meu trabalho, quando chega a segunda feira fico com um sorriso de orelha a orelha".

E logo penso: que m@##$%! Estou no caminho errado novamente. Se esse cara consegue pq eu não?

Pq eu simplesmente não sei, por medo, autocrítica? 

Mas eu sigo mesmo assim, esperando as sextas - mesmo feras - e desejando que um dia consiga resolver a equação que transforma os dias-feiras em um domingo eterno. Será?

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*termo cunhado pela minha amiga Pop.



Depois de 11 meses esquisitos...

Eu sou uma pessoa que gosta das coisas que duram. Sejam elas: objetos (como o All Star que eu tenho desde os meus 13 anos ou minha vitrola e LPs da adolescência); relacionamentos (profissionais ou pessoais) e situações (frequentar o mesmo cabelereiro).

Outro dia percebi que tenho o mesmo número de celular de quando comprei o meu primeiro aparelho e mantenho a primeira conta de email e do banco.

Acho que não lido muito bem com mudanças, não?

Eis que em setembro de 2012 deixava meu emprego depois de 6 anos. Tive uma crise, resolvei sair sem nada planejado, mudar tudo radicalmente sem um plano b. Algo que até então, nunca tinha feito.

E foi ai que passei os 11 meses mais esquisitos da minha vida.

132 dias de expectativa, de suspense. Um período em que eu poderia ser qualquer coisa ou nada. Me mudar para o Canadá, começar uma nova faculdade, viver de freelas, criar um site, trabalhar em uma escola de Yoga, ser supervisora de mkt de uma rede de drogarias... perdi as contas de quantos currículos enviei, quantas vidas eu projetei, recalculei...

Nesse processo, algumas camadas de mim foram se soltando e ficando pelo caminho. Ter todo o tempo do mundo e não ter paz de espírito não adianta muito. Não ser escravo do relógio, sem um $ no bolso tb não foi nada bom.

Em pouco tempo, apesar de toda a liberdade, eu precisei estabelecer uma rotina (ah, virginiana....) depois de 9 meses acabei encontrando um trabalho temporário, que com certeza fez com que eu completasse a minha jornada de aprendizado nesse período. Nem tanto pela complexidade do trabalho, mas pela transformação de alguns dos meus conceitos internos.

Bom, acho q a transformação não dependeu só desse projeto temporário, mas de toda uma somatória de fatores, minhas vivências anteriores, a prática de Yoga, influência de amigos, família...

Tudo isso para que eu chegasse onde estou agora. Quem nem é o fim ou começo. É apenas mais um ponto de passagem na minha história.

E foi então, que perto de completar 1 ano sem emprego formal, consegui uma nova oportunidade, na minha área e em um dos segmentos no qual sempre quis entrar.

Voltei a ter um plano mais concreto de onde quero estar e aprendi nisso tudo que nosso orgulho pode nos levar a lugares equivocados, provocar sofrimentos desnecessários e muitas vezes tampar a visão mais concreta dos fatos. Na dúvida, sempre pergunte ao seu coração.

Hj eu ouço mais a minha intuição e quando não ouço, me arrependo.

Quanto a mudança, ainda não gosto muito dela. Mas vejo que aqueles que conseguem mudar de ideia sem abrir mão de seus valores são os mais sábios. Tb aprendi que mais importante do que provar que vc tem razão é ser feliz e não arrumar confusões desnecessárias.