28 de abr. de 2011

Aberta a temporada de caça! Heart Hunters na área

Uma dama não comenta que anda caçando corações por ai. Afinal, um só não era suficiente.

Calma, calma! Eu estou falando de blog e agora estou escrevendo um em paralelo, junto com duas queridas amigas. E ele vem com a humilde proposta de tentar entender as mentes masculinas e femininas
em seus relacionamentos.

Fácil, né?

E de quebra, quem sabe, a gente não ajuda uns corações partidos a voltar a pulsar ou acorda os que estão meio dopadinhos!

Mais do que nunca, esse blog só faz sentido se vcs participarem: http://www.hearthunters.com.br/



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Beijos e Bytes

27 de abr. de 2011

Houston, we have a problem!

6h40 da manhã. Acordo num pulo da cama e não é o meu despertador que toca e sim o Nextell do trabalho, que carinhosamente chamo de disk-problema.

Ao atender o toque nervoso, o funcionário da minha equipe, ignorando as frivolidades e as conveções sociais dispara:
- Vanessa, F*d3u!!

[Eu até falo para os técnicos que ser objetivo ao relatar os problemas é uma ótima qualidade em se tratando de um evento e realmente ele foi bem objetivo...]

E assim começou o meu dia. Uma enxurrada de pequenos erros culminando em gigantes problemas que minaram minha saúde, abreviaram a minha vida em pelo menos 1 dia e transformaram o meu estômago em um receptáculo ácido e corrosivo.

O toque da desgraça soou mais algumas vezes e entre mantras, rezas e momentos descontrol, consegui chegar até aqui viva. Teoricamente é o que importa.

E nem foi para tanto. Mas como as pessoas sentem necessidade de aumentar o efeito negativo das coisas, não? Parece que ampliar um equivoco (cometido por outra pessoa, obviamente) faz com que seu projeto pareça muito importante.

Mas não é. Sinto muito!


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Beijos e Bytes

13 de abr. de 2011

Matrix Reloaded - A Missão


[Eu sou louca por cinema, uma cinéfila assumida que faz qqr coisa para ficar em frente a telona. Neste breve diálogo travado com um amigo, aproveitamos que trabalhávamos próximos à Paulista e tentamos um cinema pós expediente. Estávamos em Julho de 2003]



18h20
- Oi, achei! Matrix tá passando no Santa Cruz e Frei Caneca. O resto é tudo longe. Os horários são 19h30 e 22h25h.
- Ai, não vai dar não. 22h é muito tarde. Vamos no das 19h30.
- Muito cedo. Eu queria fazer umas coisas antes e depois ir.
- Então, desencana! A gente tenta ir no fim de semana.


18h40
- Meu, larga tudo e vamos agora para o Frei Caneca. Zoou tudo os meus horários. Não vai dar para fazer nada do que eu queria. Vamos para o cinema. Esse filme vai sair de cartaz logo.
- Mas, mas...
- Larga a caneta e vamos. 19hs na Paulista com a Pamplona.
- Falou.

19h10
- Alô.
- Cadê vc? Estou aqui na esquina dando o maior mole e vc não apareceu.
- Estou saindo agora. Atrasei.
- O quê??
- Me encontra lá na Ribeirão Preto. Está o maior trânsito e vc andando chega mais rápido do que eu.
- Grrrr.

19h25
- Cadê vc agora? Estou aqui na esquina, vou ser multado e vc não está.
- Estou sim, só que do outro lado. Agora eu te vi. Estou indo. Puf, puf, puf.

19h35
- Sr. o filme já começou Sr. Só temos poltronas próxim....
- Sei, sei. Tudo bem. 2 inteiras!


19h38
- Baaah, só tem na primeira fila.
- Senta aí. Já era. Uhhuu, conseguimos!

22h50
- Meeeu, filmaço. As cenas de luta são show. A trilha também é ótima. O Keanu arrasou.
- Não entendi esse final. Nota -8.
- Pára! Filme de ação é que nem filme de sacanagem. Não importa o enredo. O que importa são as cenas.
- Tsc tsc!

Campo de batalha

[Já não moro com meus pais há algum tempo, mas como boa filha, visito-os com grande frequencia e fiquei sabendo que eles estão em vias de trocar o carpete.

Graças a Deus eu não terei que viver intensamente este caos, mas achei um post de Julho de 2003, quando ainda morava com eles e estávamos pintando a casa. Curiosamente, minha mãe já queria trocar o carpete, mas a experiência da pintura foi tão traumatica que o plano foi adiado em uns 8 anos.]

Após anos de relutância, meu pai e minha mãe resolveram pintar a nossa casa. Resistência pq só o diabo sabe como ficam as casas em reformas.

Por isso, durante esse período (O pintor disse só uma semana. Ha ha ha!), tentaremos manter a classe em uma casa desmontada, com plásticos pretos, jornais e muito pó espalhado para todos os lados.

Evitaremos causar acidentes letais, enfiando a cabeça em algum móvel que depois de tantos anos resolveu ficar no caminho. Faremos um esforço hercúleo para não quebrar tudo ao descobrirmos que a escova de cabelo foi para uma dimensão paralela, para nunca mais voltar e será humanamente impossível encontrar um similar diante de tamanha bagunça. Prometemos que o agradável cheiro de tinta não nos fará vomitar no carpete, que ainda que forrado de jornal, jamais será o mesmo - acho que depois dessa minha mãe vai querer trocá-lo. Ai!.

Agradeço às pessoas que gentilmente e desinteressadamente ofereceram suas casas para que eu passasse uma temporada. Calma, calma! Nem foi tanta gente assim.



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Beijos e Bytes

5 de abr. de 2011

Las "trapalhaditas" em solo Portenho

Esse texto merece 2 explicações ou melhor, 3. Não mais do que 4.Tá bom vai, 5 e não se fala mais nisso:

1. Foi escrito em 2003 quando trabalhava em uma agência de viagens corporativas na área de mkt;
2. Bob é meu amigo querido e, na época, comparsa no depto de mkt;
3. Resgatei o texto pensando na Monica, que gostou das minhas peripércias na Ilha Comprinda, então espero que goste mais ainda das desventuras na Argentina;
4. Devido à minha tradicional tendência ao deboche, fica impossível descrever uma viagem contando só as coisas boas. Geralmente eu resumo ao máximo isso e de maneira que só o  lado B se destaque;
5. Publiquei 2 posts em 1.

[Mi Buenos Aires Querida] ou [Como as coisas aconteceram tão rápido?]

Estava eu em minha singela mesa de trabalho quando um fosforescente Bob aparece dizendo que tínhamos viagem marcada para Buenos Aires e que partiríamos em uma semana.

¿What?
Correria, cara-de-pois-é e a certeza de que iria ser uma viagem tensa.
Como um atacante de futebol que se joga na pequena área, Bob cavou um penalty e o juiz aceitou.
(Veja só, nessa empresa a gente tem algumas vantagens!)

Saímos de Sampa tão correndo que faltaram alguns acessórios básicos na bagagem, tipo: dicionário e mais doletas!!! Esse esquecimento ingênuo nos rendeu momentos hilários e de pagação desenfreada de mico.

Para uma paulistana que gosta tanto de argentinos como de cariocas, tive uma surpresa agradabilíssima. A cidade é linda, com um "quê" de Paris e as pessoas foram simpáticas e prestativas. Receberam a gente super bem e quando descobriam que éramos brasileiros, logo desandavam a hablar.

Os bobinhos aqui queriam falar em inglês para evitar confusões e embaraços, mas o povo queria mesmo é ouvir o nosso portunhol. Que língua mais rica esse espanhol, que permite tanta criatividade dos brasileiros.
Coisas como lejos viraram "longie" e que tal nada virar "nadie"? Claro que falávamos com o legítimo sotaque tenho-alguma-coisa-na-minha-boca, o que rendia mais risadas e menos credibilidade para nós.

Aprendemos muito nos restaurantes, ao descobrir que cuenta é realmente "conta", recibo é "nota fiscal" e precio é "preço". Mas ganancia é "lucro" e propina é "gorjeta".

Um dos momentos mais pânico foi perceber que a nossa maldita tarjeta não era aceita em p#$$# de estabelecimiento ningún. E que tínhamos que pagar com o pouco cash que tínhamos levado ou então comer em algum pulgueiro barato.

Apesar dos argentinos saberem que Buenos Aires não é a capital do Brasil (?!), um deles achou que as músicas típicas brasileiras eram a salsa e o merengue. #medo#

Poderia dizer que gastronomicamente a viagem foi um fiasco. Não fomos a Puerto Madeira (parem de perguntar isso!!!!) Vimos tudo, menos essa p#%%$$ que é uma rua revitalizada com ótimos restaurantes (que devem aceitar a m#r@@ do Dinners) e delícias como o Chorizo (carne nobre e tenra).

Mas afinal quem foi lá para comer?
Sim, nos comportamos bem.

De resto foi ótimo e conseguimos conhecer quase tudo: a praça dos pombos (leia-se Casa Rosada), o bairro de Palermo (uma legítima Vila Madalena), a Recoleta (o must dos descolados), a rua Florida (Bom Retiro total) e La Boca (a boca das bocas).

E agora, será que Milão aceita cartão? :)

[Tá males, hein querida!]

Continuando as peripécias portenhas, eu e o Bob nos arriscamos a mandar para dentro uns pratinhos típicos e baratinhos. Olhei para o cardápio e um inocente prato de milho com carne me pareceu tentador. Bob pediu uma sopa de frango com milho apimentado.

Quando os troços chegaram, descobri pq o meu prato se chamava Tamales. Era uma legítima pamonha com uma suspeitíssima carne roxa de qualquer coisa que um dia foi um ser vivo. (Pamonha é vc!)
Logrado, foi o Bob, que viu que o seu prato: logro, era uma sopinha sem vergonha com pele de frango ou seria pombo mesmo?

Eca! Nunca foi tão difícil terminar uma refeição. Minha fome azedou e meu companheiro de viagens se divertia mais com a minha cara de desespero do que com sua iguaria. No fim, comi um doce de leite e tudo ficou bem.

Até agora não foram registradas conseqüências maiores e o nosso aparelho digestivo passa bem. Fora a queda de cabelos, manchas verdes e perda da pele em algumas regiões do corpo, tudo está sob controle

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Beijos e Bytes