7 de jan. de 2014

Depois de 11 meses esquisitos...

Eu sou uma pessoa que gosta das coisas que duram. Sejam elas: objetos (como o All Star que eu tenho desde os meus 13 anos ou minha vitrola e LPs da adolescência); relacionamentos (profissionais ou pessoais) e situações (frequentar o mesmo cabelereiro).

Outro dia percebi que tenho o mesmo número de celular de quando comprei o meu primeiro aparelho e mantenho a primeira conta de email e do banco.

Acho que não lido muito bem com mudanças, não?

Eis que em setembro de 2012 deixava meu emprego depois de 6 anos. Tive uma crise, resolvei sair sem nada planejado, mudar tudo radicalmente sem um plano b. Algo que até então, nunca tinha feito.

E foi ai que passei os 11 meses mais esquisitos da minha vida.

132 dias de expectativa, de suspense. Um período em que eu poderia ser qualquer coisa ou nada. Me mudar para o Canadá, começar uma nova faculdade, viver de freelas, criar um site, trabalhar em uma escola de Yoga, ser supervisora de mkt de uma rede de drogarias... perdi as contas de quantos currículos enviei, quantas vidas eu projetei, recalculei...

Nesse processo, algumas camadas de mim foram se soltando e ficando pelo caminho. Ter todo o tempo do mundo e não ter paz de espírito não adianta muito. Não ser escravo do relógio, sem um $ no bolso tb não foi nada bom.

Em pouco tempo, apesar de toda a liberdade, eu precisei estabelecer uma rotina (ah, virginiana....) depois de 9 meses acabei encontrando um trabalho temporário, que com certeza fez com que eu completasse a minha jornada de aprendizado nesse período. Nem tanto pela complexidade do trabalho, mas pela transformação de alguns dos meus conceitos internos.

Bom, acho q a transformação não dependeu só desse projeto temporário, mas de toda uma somatória de fatores, minhas vivências anteriores, a prática de Yoga, influência de amigos, família...

Tudo isso para que eu chegasse onde estou agora. Quem nem é o fim ou começo. É apenas mais um ponto de passagem na minha história.

E foi então, que perto de completar 1 ano sem emprego formal, consegui uma nova oportunidade, na minha área e em um dos segmentos no qual sempre quis entrar.

Voltei a ter um plano mais concreto de onde quero estar e aprendi nisso tudo que nosso orgulho pode nos levar a lugares equivocados, provocar sofrimentos desnecessários e muitas vezes tampar a visão mais concreta dos fatos. Na dúvida, sempre pergunte ao seu coração.

Hj eu ouço mais a minha intuição e quando não ouço, me arrependo.

Quanto a mudança, ainda não gosto muito dela. Mas vejo que aqueles que conseguem mudar de ideia sem abrir mão de seus valores são os mais sábios. Tb aprendi que mais importante do que provar que vc tem razão é ser feliz e não arrumar confusões desnecessárias.


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