Era de se esperar que fosse o contrário. Quanto mais olhássemos para nós mesmos, mais preparados estaríamos, mais soberanos de nós mesmos e portanto seríamos pessoas melhores. Huumm, acho que não, né?

Parece que todos viraram adolescentes, que tudo é tão careta que só seu mundinho importa e ser do contra é o que conta. Mas todos estão tão do contra, que virou regra.
Nós temos lugares marcados para idosos, guias rebaixadas para deficientes e até cinema para cegos. Mas quando eu vou ao supermercado fazer uma simples compra, me sinto em um campo de batalha.
O tal do caixa preferencial é sempre fonte de confusão. Certa vez a mocinha não queria me atender, mesmo sem um freguês a 1km dali. Ela me olhou e disse:
- Esse é preferencial, senhora.
Ao que eu quase respondi:
- É preferencial ou exclusivo, vc sabe a diferença? Acho que não, né?
Mas, no fundo ela é uma vítima. Provavelmente, hordas de clientes mal educados (aqueles mesmos que estacionam na vaga de deficiente sem necessitar) devem avançar nesses caixas e jogar suas compras na esteira.
Como diz uma amiga minha, bastante sábia, algo muito estranho está para acontecer. Ou para ser mais atual: "Tempos difíceis estão por vir, Harry".
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Beijos e Bytes
Às vezes vou com o Willi ao mercado, e tentam me empurrar para a fila preferencial. Eu me recuso. Meu filho não é muleta. Eu só cogitaria isso se ele estivesse incomodado, mas isso não aconteceu até agora. Mas devo ser um dos únicos que fazem isso.
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