28 de mar. de 2013

Somewhere between

Eu adiei escrever esse post algumas vezes. Achei que deveria escrevê-lo sob um outra perspectiva, quando já estivesse fora da situação, mas acho que vai ser um exercício divertido ler isso aqui no futuro.

Já se passaram alguns meses depois que saí do meu emprego e ainda não encontrei outro. Assumi algumas atividades como freelancer, mas quero algo mais concreto.

Recusei algumas ofertas que não me pareceram adequadas, sejam por salário ou mesmo pela atividade. Nada contra, apenas estou tentando ser fiel aos motivos que me fizeram sair do meu antigo emprego.

E apesar de não ser a primeira vez que procuro uma nova oportunidade, esta sem dúvida, tem sido a mais desafiadora.

Percebi que preciso travar uma batalha diária comigo mesma, para que meus fantasmas não me consumam. Eu me cobro muito, sempre me questiono se agi certo ou errado, se deveria fazer diferente, se... se...

Passar pelas entrevistas é desconfortável. Me sinto frágil, invadida. Tenho que responder perguntas que não entendo o que tem a ver com a minha vida profissional. Preciso superar o descaso com que sou descartada na seleção e viver com a expectativa do novo processo.

Além disso, uma pergunta me consome: o que eu quero fazer profissionalmente daqui para frente? Está na hora de ser meu próprio chefe?

E eu não tenho essa resposta, tanto quanto não a tinha quando tive que escolher qual faculdade prestar.

É uma fase esquisita da minha vida. Parece que estou em uma grande sala branca, sem portas, janelas, apenas o vazio. Apenas a promessa de que tudo de bom pode acontecer.

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